sexta-feira, 10 de novembro de 2006

1- CHILE : DICAS GERAIS OUT/NOV 2006

1) PASSAGEM

Utilizamos as milhas da TAM (20.000/pessoa). Viagem tranqüila e dentro do horário previsto. Maceió-S.Paulo – 2:30 h. e S.Paulo-Santiago – 3:30 h. de vôo. Ficar atento na chegada e saída de Santiago para a belíssima vista dos Andes.

2) HOSPEDAGEM

Reservamos apenas, pela internet, hotel para o primeiro dia em Santiago. No restante fomos escolhendo a medida que íamos chegando nas cidades. O hotel Plaza Londres, nos deu bolo. Mesmo com reserva confirmada, disseram que estava lotado. Encontramos um muito bonzinho, City Hotel – U$49,00, junto a Praça das Armas, bem no centro da cidade.
Ficamos também nele nos seis últimos dias de viagem, que passamos em Santiago. No resto do roteiro, ficamos em hotéis nas maiores cidades ( Osorno, Puerto Montt, Valdivia e Temuco) e em cabanas nas outras menores. Excluindo Santiago, gastamos em média U$ 36,00, por casal. É vantagem pagar hotel em dólar cash, pois é retirado o imposto de 19%.

3) CARRO

Alugamos na Álamo , via Internet. O carro ( Nissan Pathfinder) já estava bem rodado, mas agüentou o tranco. Lembrar exigir pouco rodado na negociação. As estradas são ótimas. Não vimos um só buraco. Mesmo em locais afastados de centros turísticos, como a estrada Carretera Austral na Patagônia, toda de cascalho (ripio), dá para trafegar muito bem, mas numa velocidade bem menor, 60 km/h.
A cobrança do aluguel foi conforme o combinado na internet. A estrada principal do Chile, a Panamericana, onde andamos 60% dos 4 mil quilômetros rodados, é excelente, com duas pistas em cada sentido, permitido 120 km/h. Consequen-temente é cobrado um pedágio de 1600 pesos (U$ 3) a cada 80 Km. em média. O preço médio da gasolina foi de U$ 1,10. Mais perto de Santiago é mais barato.

4) COMIDA

Com exceção da Patagônia, a oferta de comida no Chile é variada e saborosa. Cerdo (porco) foi o prato de carne mais consumido pelo grupo. Geralmente muito bem feito. Também era fácil de encontrar Pollo (frango) e Vacuno (boi). A cazuela (ensopado) destas comidas é um primor. Peixes como salmão, congrio – espécie de enguia, e merluza se encontram em todos os restaurantes. A maneira de preparo que mais apreciávamos era a “la plancha” – levemente frito. Os mariscos são variados e saborosos: jaiva ( espécie de siri), picoroco (craca) – muito bom e várias espécies de mexilão. Mas tem um vermelhão, se não me engano “piure” que vem na “paila marina” – mariscada, não foi aprovado pelo grupo. O mais saboroso, consequentemente, o mais caro, a Centolla (carangueijo Real), se encontra com freqüência, mas não inteira.
Recomendo o “pastel de centolla” – caranguejo gratinado, do restaurante Giratório (imperdível), em Santiago. Este foi o mais caro. Estávamos comemorado um aniversário e a despedida do grupo. Fica no 14º Andar , e a cada 53 minutos a mesa dá uma volta completa em torno do eixo, avistando assim, de hora em hora, toda a Santiago. Mesmo com tudo isto, e mais , um atendimento primoroso e regado a vinho Nacional de primeiríssima qualidade, a conta foi cerca de U$40,00 por casal. Na média das 35 refeições anotadas, gastou-se por casal U$ 25,00, e sempre acompanhadas de Pisco Sour e vinho. Vale destacar o preço de refrigerantes, caros em relação a outras bebidas. Ponto para os biriteiros.

5) DINHEIRO

O câmbio estava em média a 525 pesos chilenos por dólar. Troca-se com facilidade em todas as cidades, mas é mais em conta fazer câmbio em Santiago. Encontramos o melhor no shopping da rua Puente com a Rosas – perto da Plaza de Armas. Cartão de crédito é bem aceito, principalmente nos locais mais turísticos, mas o câmbio do Cartão é cerca de 514 pesos/U$. O melhor negócio é comprar dólar no Brasil e trocar (e pagar hotel) lá. Uma previsão de gasto razoável é de U$ 150,00 por casal por dia. Tirando as grandes compras e passagens, claro.

6) COMUNICAÇÃO

Tem “centro de llamadas” em tudo que é lugar, com média de 1U$/minuto para o Brasil. Celular (o meu é da TIM) pega muito bem nos lugares que estivemos, mas a tarifa é alta, chega a U$ 6,00/minuto. Também é fácil o acesso a internet, muita vezes no próprio hotel tem esta facilidade, mas dificilmente se encontra o Skype disponível.

7) COMPRAS

Todas as cidades têm suas Plaza de Armas e Mercado, onde geralmente se encontra a Feria de Artesanía. com ofertas muito semelhantes.

Destacamos as feiras de Castro, Valdivia, Temuco(belo artesanato Mapuche) e de Cerro Santa Lucía , em Santiago. Este o mais variado e o melhor na relação qualidade e custo. A mulherada se fez na barraca de jóias lapis lazuli, pedra encontrada apenas no Chile e no Afaganistão.
Para nossa surpresa, os preços de aparelhos eletrônicos, tênis, etc.. estão bem em conta em relação ao Brasil. Um Laptop com as mesmas características, está 65% do preço encontrado aqui, considerando valores em lojas de departamento. Uma mesma maquina digital da Cannon que estava a $410,00 no Duty Free de S.Paulo, foi comprada por U$ 150,00, em loja de Departamento (Ripper).

8) QUANDO IR / ROUPA

Pelo que nos informamos, o tempo no Chile, foi até camarada conosco. Pegamos chuva em quatro dias, dos vinte que passamos lá. Mesmo assim, apenas um dia atrapalhou nosso projeto. Como é recomendado evitar a alta estação, devido estar muito cheio e caro – de dezembro a fevereiro – a melhor época para ir é mesmo em outubro/novembro, pois fora disto é inverno e/ ou chuva. De qualquer maneira é inevitável usar um bom agasalho, meias de algodão, e um gorro de lã.
No começo da viagem , em Osorno, saímos para jantar às 21h. , ainda claro. Na volta , 3 horas depois, a temperatura tinha baixado em quase 10º . Foi um sufoco voltar para o hotel, a quatro quadras dali. Estava de casaco, mas as orelhas e a careca descobertas. Depois dessa, não saía sem meu gorrinho verde e amarelo.

9) DADOS GERAIS

CHILE – população = 15 milhões de habitantes. Um terço em Santiago.
Fuso = Geralmente 1 hora a menos em relação ao Brasil, mas nesta ocasião, final de outubro / começo de novembro, é horário de verão lá, e empata com o Brasil.
Voltagem = 220 V. – tomadas de hotel geralmente com pinos redondos. Levar adaptador ou T, para pinos achatados.
Principal SITE de turismo: www.sernatur.cl

domingo, 5 de novembro de 2006

2 - CHILE: ROTEIRO OUT-NOV/2006

10) O ROTEIRO

A fonte principal para o nosso roteiro foi o guia Turistel do SUL e de Santiago ( cerca de U$15,00 nas livrarias do Chile – é de fundamental importância, além de ser muito bem traçado). Recomendamos a leitura de CONFESSO QUE VIVÍ de Pablo Neruda. Percorremos cerca de 4 mil quilômetros : 1ª semana – Patagônia e Chiloé (Santiago-Osorno-Lagos Todos os Santos- Puerto Monte-Chiloé-Patagônia) , 2ª semana – Região dos Lagos (Valdivia-Pucón-Temuco-Chillán) e 3ª semana – Santiago (Santiago-Isla Negra-Valparaiso-Viña del Mar).

( ) Avaliação (nota) do autor.
GRUPO DA VIAGEM:

LELÉ e BETH - CLEVES e CYNTHIA - ISRAEL e NORMA - HERMAN e TAÍS

11) PATAGÔNIA

Descemos (920 km.) a rodovia Panamericana direto até Osorno(5), a estrada é excelente, paralela aos Andes, avistando constantemente os diversos vulcões cobertos de neve na cordilheira. Paisagem belíssima, não cansa. Daí fomos a Puerto Varas(9),
a beira do lago Llanquihue, com vista para os vulcões Osorno, Calbuco e Puntiagudo. Fizemos o passeio de barco no lago Todos os Santos(10), partindo do lugarejo Petrolué. Seguimos para Puerto Montt(6) , a beira do golfo de Ancud. Daí partimos para o arquipélago de Chiloé(9) para pegar um transbordador (balsa - 7 horas de viagem) para Patagônia, chegando alí na cidade de Chaitén(7). Pegamos então a Carretera Austral(8), estrada de cascalho que se estende por 1000 Km. , do qual percorremos um terço. As paisagens são belíssimas. A estrada penetra na Patagônia entre as florestas virgens, glaciares, caudalosos rios, montanhas com neves eternas, vulcões, fiordes e canais.
Paramos nos lugarejos Villa Santa Lucia(4) e La Junt
a(6)
até chegar a Puyuhuapi(9),
a beira de um fiorde, Perto do parque Queulat(8), onde se encontra o Ventisquero Colgante(10) – cascata de geleira pendente.
Voltamos a Chaitén, onde fomos às termas El Amarillo(9), retornando então de balsa
para Chiloé. Arquipélago, situado na frente de Puerto Montt, tem um núcleo com identidade própria, cheio de mitos. Quellón(8) é a cidade mais ao sul do arquipélago, onde termina a rodovia Panamericana. Subindo, passamos por Chonchi(7) e Castro(9), capital de Chiloé, a beira do fiorde de Castro. Estão lá a belíssima igreja de São Francisco(10), construída em madeira, declarada patrimônio da humanidade, uma boa feira de artesanato, e as famosas Palafitas, casas de madeira sustentadas por estacas à beira do mar ou fiorde. Mais ao norte, no centro de Chiloé, está Quinchao(8), pequena ilha no golfo de Ancud, onde tivemos que tomar novamente um transbordador (15 minutos). A ilha tem duas pequenas cidades, Curaco de Vélez(5) e Achao(7). O último local de Chiloé que visitamos foi Ancud(7), já na beira do Pacifico, uma cidade pesqueira bem ao norte do arquipélago. Neste dia chovia muito, não deu pra ver muita coisa.

12) REGIÃO DOS LAGOS

Ao sul do rio Biobío, as florestas são verdes e densas, este lugar é conhecido como a terra dos Mapuches, povo indígena que durante 300 anos se opôs à conquista espanhola. Esta região se destaca pelos lagos, vulcões e termas, e pela colonização alemã em algumas cidades. De Chiloé pegamos um novo transbordador (30 minutos) para o continente, com destino a Frutillar(10), cidade de colonização alemã, à beira do lago Llanquihue. Daí seguimos para Valdivia(10), cidade a beira do rio , perto do Pacífico, e também de colonização germânica. Lá continuava a chover até o dia seguinte. O mercado Fluvial de Valdivia, é muito pitoresco. Além das barracas de verduras, frutas e frutos do mar, de toda a natureza, animais como leão marinho, foca, pelicano, albatroz e gaivota ficam circulando ou parados na plataforma do mercado. Bacana.
O Jardim Botânico dentro da Universidade do Chile merece ser visitado. Em Valdívia se encontra um dos melhores campus universitário da América Latina. Partimos para Niebla(6), a 20 km. de Valdivia, na beira do Pacífico, onde se encontra o Castelo de la Pura y Limpia Concepción(7). No caminho se encontra a fábrica de Cerveja Kunstmann(10), onde pode-se apreciar cinco tipos de chope, os melhores do Chile. As condições do tempo não nos permitiu visitar o Santuário de la Naturaleza Carlos Anwandter, passeio de barco de cerca de 5 horas. O nosso destino foi então a região do lago e vulcão Villarrica. Passamos antes por Lican Ray(7), a beira do lago Calafquen, cuja maior atração seria a vista dos vulcões, mas o tempo estava nublado. Chegamos então a belíssima Pucón(10). O centro de Esqui(10), do parque Nacional Villarrica , na altitude de 1500 metros do vulcão, pode ser fàcilmente alcançado de carro, apesar da estrada de cascalho. Alugar pranchas no caminho para escorregar na neve, pois embora fora da temporada de esqui, o que não falta é neve para curtir. Perto de Pucón tem vários parques com cachoeiras, rios, lagos e termas. Fizemos o passeio em torno do rio e lago Caburgua(6), é bem recomen-dado o parque Huerquehue. O ponto alto do passeio foi o banho nas termas de Huife(10).
A cidade de Pucón é bem charmosa, com suas praias Grande e La Poza, já Villarrica(5) , a 20 km. , carece de atrações. Temuco(7), onde também pegamos chuva, é uma cidade grande, com um bom mercado público, principalmente a feira de artesanato. Chillán(8) é menor e mais jeitosa. Lá os murais mexicanos da Escuela México é imperdível. Além da história envolvendo Pablo Neruda ( para os aficionados em literatura aconselho a leitura de “Confesso que Vivi” um pouco antes da viagem), é de uma plasticidade formidável.

13) SANTIAGO

Em Santiago, a capital, encontra-se grande parte dos museus, monumentos históricos, centros comerciais e restaurantes. A apenas 50 km. fica a cordilheira dos Andes e no Vale Central, a cerca de 120km. estão os vinhedos mais famosos. No litoral, a menos de 100 km. , existem cidades atrativas e balneários pitorescos.
O guia da Turistel de Santiago sugere vários passeios a pé. Escolhemos o que eles dão cinco estrelas.
Começamos pela troca de guarda no Palácio de la Moneda(10), daí ao Museu de Arte Pré-Colombiano(8), Praça das Armas(9), Catedral(10), e Mercado Central(10), onde podemos comer um bom fruto do mar no Donde Augusto.

Outro passeio pela Estação Mapocho(7), ParqueFlorestal(8), Rio Mapocho, Museu de Bellas Artes(7), bairro Bella Vista(8), La Chascona(8), casa de Pablo Neruda, Cerro de San Cristoban(9) com o teleférico(10).
Passeio pela Igreja da Merced (6), Teatro Municipal(8), Igreja de São Francisco(9), Biblioteca Nacional(6) e Cerro de Santa Lucía(10), onde bem em frente está Feria de Artesania(10), bem descolada.
A partir de Santiago fizemos um tour guiado para a viña de Concha y Toro(8), U$40,00 por pessoa. Visitas ao vinhedo e vinícula, mais a degustação de 2 tipos de vinho,
um deles o Casillero del Diablo – Carmemere, espécie de uva só cultivada hoje no chile, que tem uma estorinha em torno dele. Valeu também pelo passeio, porque no caminho para a vinícula passamos pelo bairro da Previdência e pela zona rural de Santiago.
Alugamos uma Van para passar um dia no litoral, U$45,00 por pessoa, com Antonio (tel:09-9307082 / 6442340). Visitamos Isla Negra, onde fica a casa de Pablo Neruda(10), e lá está seu túmulo junto ao de sua terceira mulher Matilde Urrutia, e também as cidades de Valparaíso(7) e Viña del Mar(6), uma espécie de Barra da Tijuca Chilena, que não é minha praia.
Alugamos também a Van do Antônio para o percurso hotel- aeroporto (U$30,00), mais em conta que um táxi. Preste atenção no troco do táxi, eles passaram nota falsa de peso chileno para um participante do grupo.
Mas estes fatos pontuais não diminuem a personalidade generosa do chileno. É um país muito seguro e um povo afável, prestativo e muito simpático com o brasileiro. E como nosotros, implicam com los hermanos.

Lelé – nov/2006
DICAS DE VIAGEM AO CHILE - OUT-NOV/2006 LELÉ