Embora nossa viagem tenha incluído algumas cidades da Itália, enfatizamos aqui apenas a CROÁCIA, a deslumbrante pérola do Adriático. Primeiro, por ser um lugar ainda não muito divulgado na mídia, mas que devemos dar uma prioridade para conhecê-lo como fosse uma França, por exemplo. Segundo, porque nos atrevemos colocar Veneza no fim da viagem, para ser a grande protagonista. Não foi. Foi uma bela coadjuvante. A nossa Patrícia Pilar foi mesmo a Croácia como um todo. Adianto que as opiniões aqui emitidas são exclusivamente minhas, e não consenso do grupo.
PASSAGENS - Voamos pela TAP. IDA = Recife – Lisboa – Milão. VOLTA = Veneza – Lisboa – Rio de Janeiro. U$ 1.080, cada. Adquiridas através de Fernanda da CAIÇARA VIAGENS E TURISMO.
Como a adesão da Croácia à União Européia deverá acontecer em julho/2013, e depois disso poderá ser adotado o Euro como moeda ( alinhando os preços com a Europa Ocidental, como aconteceu com a Grécia) resolvemos antecipar nossa viagem para pegar a moeda vigente, e pagar nossas contas com Euro e U$ em cash ou em cartão Travel Money (têm máquinas de cartão à vontade), trocados em Kuna.
Uma previsão razoável de gasto é de 500 Kn por dia por pessoa. Aí incluído hospedagem, alimentação, combustível, pedágio, acesso a monumentos, seguro, pequenas compras.
CARRO – Alugamos na HERTZ aqui do Brasil (dica: Graziane Camargo - HERTZ INTERNACIONAL - Tel.: (11) 3524-7525- grazi.camargo@hertz-int.com.br ) uma van OPEL VIVARO, 9 lugares, mala muito grande, cabem fácil 8 malas médias. Total para 27 dias = U$ 2136. Pegamos (37 mil km.) e entregamos o carro no aeroporto de Malpensa, Milão. Rodamos nos 21 primeiros dias, o que contabilizei (até Veneza) , 3355 km. , consumindo 275 litros de diesel ( 12km/l) que custou cerca de 350 euros. O preço do litro do diesel na Croácia (9,3Kn=1,25E) é cerca de 20% mais barato que na Europa Ocidental.
O carro alugado era um bichão. Munheca de pau não manobrava-o, principalmente nos estacionamentos, onde os lugares são muito estreitos. Ainda bem que tínhamos nosso dileto amigo Cleves como motorista. Ele dá banho em caminhoneiro...
A estrada na Croácia é um tapete. Nivelada, sinalizada, tratada, mantida. Mesmo as estradas secundárias (sem pedágio). Aquelas costeando o mar são de uma beleza indescritível. Roda-se km e km com vistas maravilhosas das ilhas e baías do Adriático. Não tem como não parar nos pequenos acessos (acostamento) para apreciar a paisagem e tirar fotos. Pagou o aluguel do carro. E mais, os vilarejos nos arredores dessas estradas, muita vezes cidadezinhas medievais, são verdadeiros patrimônios daquela terra. Só mesmo de carro para visitá-los à contento. Nas estradas principais pagamos os pedágios, que não são baratos, com Kuna, mas nos postos de coleta também aceitavam euros ou cartões.
Não fomos parados por nenhum policial em toda a viagem. Estávamos até receosos uma vez que o pessoal da Hertz de Milão nos alertou que de vez em quando o policial Croata implica com carros alugados em outro país.
CUIDADO quando for entrar na Eslovênia (entre Itália e Croácia), temos que pagar na fronteira um visto (30 euros – 30 dias) para circular na estrada deles. Caso passe direto sem o visto, têm uns fiscais na espreita que cobram uma multa de 150 euros. Chegando à Dubrovnik, também tem uma fronteira (pedem apenas os documentos) com a Bósnia, é um pedacinho de litoral de cerca de 10 km, passando pela cidade de Neum.
Não se esqueça de levar um GPS. O aluguel é muito caro, preço de comprar um. A Margarida, apelido dado ao nosso Roadstar, emprestado do querido filho Helinho, foi a salvação da lavoura. Entrar e sair em cidades com sinalização em croata não é fácil. Assim mesmo ela deu algumas escorregadas, em mão e contra-mão, e endoidou de vez perto da fronteira da Eslovênia. Culpa nossa. Não tínhamos colocado o país na bichinha...
HOSPEDAGEM – Reservamos a maioria dos hotéis à priori pela internet (geralmente no booking.com). Deixamos alguns pernoites para escolher quando chegasse ao destino do roteiro para ter mais maleabilidade na viagem. Dessa vez não nos damos bem, perdemos muito tempo com isso, ficando às vezes onde “não era bem o que queríamos”.
Existia oferta de hospedagem, principalmente nas entradas e periferia das cidades e de apartamentos particulares (SOBE/ rooms /zimmer /camare). É uma boa alternativa econômica, mas tem um grande inconveniente, quase não tinham serviço de elevador. Só isso limita muito quem tem problema de coluna, idade, etc. para transportar malas escadas acima. O ambiente do quarto era bom, com cozinha, banheiro, etc. e muitas vezes bem localizados. Para os mais jovens é mamão com açúcar, pois o precinho é cerca de 1/3 do hotel. Em média nossa hospedagem na Croácia saiu por 30 euros/noite/pessoa. Na maioria dos hotéis notamos que o desjejum não era dos melhores.
DICA: Em Dubrovnik, a cidade mais visitada da Croácia, mesmo em maio é muito cheia, difícil de reservar um hotel a preço razoável perto do centro histórico. Recomendamos o hotel Villa Klaic (15 minutos a pé do centro), cujos donos, Milo e seu secretário Ivo, são gentis e simpáticos, nos recebendo na chegada, com vinhos, cervejas e refrigerantes. Café da manhã muito bom. Importante: reservamos com 2 meses de antecedência, existem poucos quartos no hotel.