sexta-feira, 12 de junho de 2009

6 - CUBA - Diário: Playa Santa Lucia - Santa Clara - Viñales

DIA 14-JUNHO-2009 DOMINGO – PLAYA SANTA LUCIA

9:10 Rumo a praia de Santa Lucia (205 km). Pneu meio baixo. Reparamos o pneu que estava com ar saindo pela jante.
11:30 Las Tunas. Lanche na entrada da cidade. Estrada ruim até Santa Lucia.
13:30 Chegamos a praia de Santa Lucia. Escolhemos o Hotel Mayanabo (Tudo incluído). Praia maravilhosa. Piscinas grandes. Coquetéis, chopp, sanduíches, tira-gosto... Paraíso de canadenses e alemães. Todos os hotéis têm a bandeira de Cuba entre a destes dois países. Têm vôos diretos prá cá. Demos uma mergulhada na praia em frente ao hotel e fomos desfrutar das mordomias que tínhamos direito, não nos esquecendo de planejar nossos mergulhos nos corais no dia seguinte. Almoço e jantar excelentes.

DIA 15-JUNHO-2009 SEGUNDA – PLAYA SANTA LUCIA

9:30 João foi fazer mergulho profundo com garrafa. O mergulho foi de aproximadamente 45 metros, num ponto do recife onde há uma caverna. Foi um mergulho muito interessante, com uma visibilidade incrível. Viu pela primeira vez um peixe-leão (de uma beleza única!) e uma moréia verde do tamanho de um bonde também chamou atenção. Trouxe fotos incríveis.
11:30 Fomos mergulhar nos corais a cerca de 1,5 km. da praia. Saímos do cais próximo ao hotel. Fomos numa lancha com 18 pessoas. 30 minutos até lá. É uma faixa de dezenas de quilômetros de corais paralelo a praia. Do lado de fora, foi onde o João mergulhou, bem fundo. Do lado de dentro, não chegava a 3 metros. Ficamos mais de uma hora e meia mergulhando nos corais. Um verdadeiro aquário. Com certeza foi o mais belo mergulho que fizemos. A maioria dos peixes e formação de corais não conhecíamos no litoral brasileiro. João tirou dezenas de fotos. Maravilha.
15:00 Fomos resolver um problema do pneu do carro. O estepe era muito fino. A assistência alegou que vem assim de fabrica. Eles ficaram com o carro para verificar os pneus. Quando entregaram ele no hotel disseram que os pneus estavam com o calibre muito alto. Como o carro veio sem manual, estávamos calibrando maior por estar com cinco pessoas e mais malas. Realmente até o fim da viagem não tivemos problema. Fomos desfrutar do hotel. Haja canadense e alemão bêbados. Mas tudo boa gente. Tinham também muitos indianos e cubanos. É a nova classe média surgindo no país com os ganhos em CUC. Um empregado do hotel dizia que Raul Castro está estudando um projeto para unificar a moeda em Cuba. Nora da casa particular de Havana já nos tinha dito que grande parte dos estabelecimentos é do governo (como os Hotéis, locadoras, lojas...) e todo o seu lucro acaba sendo revertido para o próprio Estado. Os estabelecimentos particulares pagam uma taxa fixa, independente do seu faturamento. A taxa depende da localização e número de mesas, caso dos paladares. A atração pelo poder de compra do CUC tem hoje um efeito colateral de desorganização da economia, ao botar qualquer atividade ligada ao turismo no topo da pirâmide de remuneração. Então está existindo uma diferença de poder aquisitivo considerável entre a população. Realmente, com a industria do turismo, as famílias que conseguem ter uma empresa particular (hoje 17% da população) tipo Paladar, Casa Particular, Taxi estão recebendo a remuneração em CUC, moeda 25 vezes mais forte que a moeda oficial, o peso cubano, embora paguem impostos. A verdade é que está surgindo uma nova casta. E prá se ter uma empresa particular como essas é preciso passar pelo aval do Estado. E como em toda a parte do mundo o Estado é corrupto pela própria natureza ( Hay gobierno? Soy contra...), então essa casta que está surgindo é refém do Estado. Muito simples, né? O povão cubano tem consciência disso. É escolarizado e politizado. Acha que a Revolução é permanente e que vai ter uma resposta do Governo para essa situação. Todos que conversamos tinham essa certeza. Mas é uma tarefa hercúlea para um país tão pobre e aínda por cima boicotado por um vizinho tão rico e poderoso.
16:00 Fomos desfrutar praia e piscina do hotel. Com certeza, Santa Lucia foi a melhor estrutura praiana que visitamos.

DIA 16-JUNHO-2009 TERÇA – SANTA CLARA(250mh)

9:12 Destino Santa Clara (366 km) via Camaguey(121 km). Estrada estreita, mas boa. Vimos muito carrão.
10:50 Em Camaguey pegamos a autopista A1 . Muitos caronas. Estrada muito boa. Conseguimos fazer uma média de cruzeiro superior a 90 km/h.
12:30 Lanchamos na entrada de Ciego de Ávila.
15:00 Na entrada da cidade de Santa Clara fica o Memorial Comandante Ernesto Che Guevara que foi erguido em comemoração ao 30º. aniversário da batalha de Santa Clara em dezembro de 58, que marcou o fim da ditadura de Batista. Lá está o mausoléu de Che. O museu com dezenas de peças pessoais, fotos e vídeos. No centro do Memorial, estatua de bronze de Che com o braço engessado (fraturado durante a batalha) .
16:30 Nos hospedamos no Hotel Santa Clara Livre, na praça central, Parque Leoncil Vidal, bem cuidada e movimentada. Se encontra no centro um bonito coreto, e também o Teatro de La Caridad, onde Caruso se apresentou, e o museu de artes decorativas.
17:00 Passeamos pela calle Independência até o Monumento ao trem Blindado. Com apenas 300 guerrilheiros e a ajuda da população Che conseguiu conquistar a cidade defendida por 3 mil homens de Batista. Guevara deu o cheque mate no governo descarrilando um trem blindado com mais de 400 soldados e armas de todo o tipo indo para a região leste de Cuba, a fim de deter os avanços de Fidel e Raul. O episódio terminou com a rendição dos soldados de Batista em S. Clara. Além do trem, está exposto o trator que foi usado para remover os trilhos.
18:30 Jantamos no restaurante 1878. Depois fomos a sorveteria Coppelia tomar helado de chocolate.

DIA 17-JUNHO-2009 QUARTA - VALLE DE VIÑHALES

9:00 – pegamos a autopista A1 rumo ao Valle de Viñales (455km). De vez em quando um Ponto de Controle (posto policial), que temos que passar a menos de 40 km/h.
11:50 passamos por Havana, estrada sem sinalização, penamos para achar o caminho em direção a Pinar Del Rio. Perdemos mais de meia hora rodando sem resultado.
15:00 Chegamos a Viñales, terra do fumo, por uma estradinha de 30 km cheia de curvas, que pegamos um pouco antes da A1 chegar a Pinar Del Rio. É uma paisagem única. Os mogotes, formação de pedras gigantescas, parecendo o nosso Pão de Açúcar, envolvem as plantações de tabaco. As casas campesinas tem telhados de palmeiras reais, que circundam elas. A pequena cidade tem a rua principal cercada de casas coloniais. Uma delas, a Casa de Dom Tomás, é uma jóia de arquitetura e hoje virou um restaurante. Com fome, Fomos direto prá lá. Lagosta grelhada, porco assado, mojito,... com direito a musica ao vivo.
17:00 Ficamos no Hotel La Eremita. Referencial do local em todos os guias. Apartamentos com varanda e vista belíssima do vale. Fomos tomar banho de piscina bebendo mojito.
19:30 Passeamos de carro pelo vale, até o mural de la pré-historia,
que mostra a evolução do homem, pintada numa rocha (mogote) por um artista cubano aluno de Diogo Riviera.
20:40 Comemos Pizza acompanhada de vinho de viñales no restaurante Las Brisas.

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